Nós usamos cookies para melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar usando nosso site, você concorda com nossa política de cookies.
Servidores da Secretaria Municipal de Saúde de Traipu participaram, na manhã desta quinta-feira (7), de uma atualização sobre o diagnóstico precoce e a gestão clínica das meningites e da doença meningocócica.
A atualização é realizada pelo Ministério Público Federal (MPF) e o Conselho Regional de Medicina de Alagoas (Cremal), que vieram ministrá-la em Traipu a convite da Prefeitura.
A iniciativa atende ao compromisso das instituições em fortalecer o combate ao avanço dos casos de meningite tipo B em Alagoas.
O secretário de saúde de Traipu, Haroldo Canuto, médicos, enfermeiros, técnicos e demais servidores da pasta foram atualizados quanto aos principais eventos clínicos, laboratoriais e epidemiológicos da doença. Além de compreender melhor a transmissão, incidência, letalidade e particularidades clínicas da meningite.
“Estamos aqui a serviço do Cremal, na medida em que nós fomos provocados pelo MPE/AL por conta do problema da meningite no nosso estado. Nós estamos vivendo um surto, chamado poli surto, pois é pequeno. O que nos espantou o MP e nos espantou foi a alta letalidade, ou seja, alta mortalidade. A meningite está acometendo mais crianças abaixo de cinco anos de idade e muitas morreram. Isso não deve e não deveria acontecer. Uma morte só é preocupante, muitas mortes se tornam muito mais preocupantes. Nós estamos batendo o estado, na medida em que somos convidados e Traipu nos convidou para que nós atualizamos a sua equipe de saúde quanto ao problema”, explicou o infectologista José Maria Constant.
Na ocasião, também foram passadas na atualização sobre o diferencial da doença meningocócica, diagnóstico laboratorial e tratamentos e profilaxias.
A meningite é uma doença que pode deixar sequelas, como perda da audição e visão e, casos mais graves, pode até matar. Segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), esse ano foram confirmados 30 casos de meningite em Maceió, sendo 8 do tipo B, que é o mais grave. Até outubro deste ano, onze mortes foram contabilizadas na capital.
Em Traipu, nenhum caso de meningite foi registrado até o momento. O prefeito, Lucas Santos, falou sobre a importância do convite feito ao Cremal e ao MPE para essa atualização no município.
“Ainda que não tenha registros de casos de meningite em Traipu, nos entendemos que é necessário prepararmos nossas equipes para todos os cenários. Temos investido muito na saúde oferecida aos traipuenses e primamos para que ela tenha a qualidade, competência e ação necessária. Por isso, convidamos o Cremal e o MPE para atualizar e capacitar nossos profissionais quanto a essa doença grave, que tem preocupado bastante as autoridades de saúde do estado”, salientou o prefeito de Traipu.
*Texto: Mara Santos/ Ascom Traipu